O MÁGICO DE OZ

Mágico de Oz, O (The Wizard of Oz - 1939) 010


Em Kansas vive Dorothy Gale (Judy Garland), uma aluna de 11 anos que vive na fazenda dos seus tios Henry (Charley Grapewin) e Em (Clara Blandick). Após o cão de Dorothy, Totó, "atacar' a insuportável Srta. Gulch (Margaret Hamilton), que, irritada, vai até Henry e Em com uma ordem judicial que a autoriza pôr o Totó "para dormir". Apesar dos apelos de Dorothy, os tios dela se sentem obrigados em cumprir a lei, então Gulch pega Totó e o coloca em uma cesta na bicicleta dela. Porém o cachorro foge e corre de volta para a fazenda. Temendo que Gulch volte para pegar Totó, Dorothy foge. Na estrada conhece o professor Marvel (Frank Morgan), um adivinho falso que deixa Dorothy fascinada com seus "dons". Ele entende que Dorothy fugiu de casa, então sutilmente a persuade para voltar para casa. Porém, quando Dorothy e Totó voltam, surge um tornado enorme, que se move pelas planícies na direção da fazenda. Os colonos Zeke (Bert Lahr), Hickory (Jack Haley) e Hunk (Ray Bolger) correm com Em e Henry para um abrigo, fechando as portas antes de verem Dorothy, que não teve tempo de se proteger com eles. Dorothy corre para dentro da casa, quando uma tela de janela arrancada pelo vento voa através do quarto e bate na sua cabeça. Logo ela descobre que a casa da fazenda foi arrancada do chão pelo ciclone e está sendo levada para o centro do tornado. Olhando pela janela, vê voando com a força do vento os animais de fazenda, um homem remando um barco e até mesmo uma mulher idosa, que calmamente tricota na cadeira de balanço. Dorothy também vê Gulch pedalando sua bicicleta, mas de repente se transforma em uma bruxa horrorosa montando uma vassoura e usando um chapéu pontudo. A casa começa a descer, girando até o solo e aterrissando com um estrondo. Apreensiva, ela abre a porta da casa e seus olhos se deslumbram com um lugar maravilhoso. Dorothy tem certeza que não está mais no Kansas, principalmente quando, através de uma bolha colorida, surge Glinda (Billie Burke), a Bruxa do Norte, perguntando se Dorothy era uma bruxa boa ou má. O motivo da pergunta é que os munchkins, os pequenos habitantes daquele lugar, disseram a Glinda que uma bruxa derrubara uma casa sobre a Bruxa Má do Leste, matando-a e os libertando-os de suas maldades. A Bruxa do Leste foi esmagada e agora só se pode ver suas pernas, que usava mágicos sapatos de rubi. Porém uma nuvem de fumaça vermelha anuncia a chegada da Bruxa Má do Oeste, que é igual à Srta. Gulch, e ameaça Dorothy tentando arrebatar os sapatos de rubi, que permanecem nos pés da sua irmã morta. Entretanto a Bruxa do Oeste não tem nenhum real poder na terra dos munchkins e, antes que possa pôr as mãos nos sapatos mágicos, eles surgem nos pés de Dorothy, graças a uma magia de Glinda. A bruxa jura vingança diante de uma terrificada Dorothy, antes de desaparecer em outra nuvem de fumaça vermelha. Dorothy conta para Glinda que ela quer ir para sua casa no Kansas. Glinda não pode ajudá-la, só o grande e Todo-Poderoso Mágico de Oz (Frank Morgan). Glinda diz que ele tem este poder e Dorothy busca a ajuda dele na Cidade de Esmeraldas, onde ele reside. Glinda aponta para ela a Estrada de Tijolos Amarelos e lhe diz para seguir este caminho para chegar na Cidade de Esmeraldas. Antes de partir Glinde diz para ela nunca tirar os sapatos. No caminho conhece um espantalho (Ray Bolger) que quer ter um cérebro e, como visitará um mago, pode ser que ele arrume um cérebro para o espantalho, assim resolvem viajar juntos. Mais adiante encontram um homem de lata (Jack Haley), que anseia por um coração, então os três passam a viajar juntos. Logo depois se deparam com um leão covarde (Bert Lahr), que quer ter coragem, então o quarteto fica mais do que determinado em achar o mágico de Oz. 
                                   
Informações Técnicas:
Direção: Victor Fleming;
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf;
Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Jack Haley, Bert Lahr;
Gênero: Musical/ Fantasia/Aventura/Clássico;
Musica: Harold Arlen; 
Distribuidora: MGM/Warner Bros
Produzido pela MGM
Duração: 101 minutos, colorido;
País de Origem: Estados Unidos;


Curiosidades:
- A MGM pagou a L. Frank Baum a quantia de US$ 75 mil pelos direitos de adaptação cinematográfica de seu livro, uma quantia recorde na época.
- O Mágico de Oz teve 4 diretores. Richard Thorpe iniciou as filmagens e rodou por várias semanas até ser demitido pelos produtores, que consideraram seu trabalho insatisfatório. Nenhuma das cenas rodadas por Thorpe foi incluída na versão final do filme.
- Ainda em busca de um diretor substituto, os produtores contrataram George Cukor como diretor temporário. Victor Fleming assumiu a direção logo em seguida, mas teve que abandoná-la após ser contratado para dirigir ...E o Vento Levou.
- Após a saída de Fleming, King Vidor foi contratado para rodar as sequências restantes. Vidor basicamente apenas rodou as cenas em preto e branco, situadas em Kansas.
- O roteiro de O Mágico de Oz foi escrito tendo em mente o ator W.C. Fields para interpretar o mágico de Oz, porém o produtor Mervyn LeRoy procurou antes Ed Wynn, que recusou o papel. LeRoy ofereceu então um salário de US$ 75 mil a Fields, que recusou e pediu US$ 100 mil. Foi a vez então do produtor recusar a oferta.
- Frank Morgan chegou a fazer um teste com uma maquiagem que deixava o Mágico de Oz parecido com o do livro de L. Frank Baum, mas esta foi descartada. Ocorreram mais 5 testes até se chegar à caracterização final do personagem.
- Inicialmente seria a atriz Gale Sondergaard quem interpretaria a Bruxa Má do Oeste, fazendo uma personagem glamourosa e sedutora como a bruxa má de Branca de Neve e os 7 Anões (1937). Posteriormente os produtores decidiram que a Bruxa Má do Oeste, assim como a grande maioria das bruxas, teria que ser também feia. Foi quando a atriz desistiu da personagem, por não concordar em aparecer feia no filme.
- Ray Bolger inicialmente foi escalado para interpretar o Homem de Lata. Foi após muita insistência do ator que ele conseguiu mudar de papel e interpretar o Espantalho, personagem o qual seu ídolo de infância, Fred Stone, interpretara em 1902.
- Buddy Ebsen, que inicialmente interpretaria o Espantalho, iria interpretar o Homem de Lata após a mudança pedida por Ray Bolger. Porém, como o alumínio usado na confecção da roupa do personagem era tóxico e gerava uma alergia em Ebsen, este teve que desistir do papel.
- No lugar de Buddy Ebsen foi contratado Jack Haley, que usou uma roupa que diminuía a inalação do alumínio por parte de quem a estivesse usando. Ao ser contratado Haley não sabia do efeito que a roupa causara em Ebsen, acreditando que este tivesse sido demitido pelo estúdio.
- Os produtores chegaram a cogitar a possibilidade de usar um leão de verdade no filme, com sua voz sendo dublada por um ator contratado.
- A cada um dos munchkins que aparecem no filme foi pago US$ 50 por semana, enquanto que ao dono do cachorro Totó foi pago US$ 125 por semana.
- Várias das vozes dos munchkins foram dubladas por cantores profissionais, já que muitos de seus intérpretes não sabiam cantar ou até mesmo não falavam inglês corretamente.
- De todos os munchkins apenas dois deles têm a voz real de seus intérpretes ouvida em O Mágico de Oz: a dos que entregam a Dorothy um buquê de flores, logo após sua chegada a Oz.
- A maquiagem usada por Bert Lahr para compôr o Leão o impossibilitava de comer objetos sólidos, sob o risco dela ser desfeita. Isto fez com que o ator apenas se alimentasse de sopas e milk-shakes durante boa parte das filmagens.
- A atriz Margaret Hamilton, intérprete da Bruxa Má do Oeste, teve que ficar afastada dos sets de filmagens por mais de um mês, após ter se queimado seriamente ao rodar a cena do desaparecimento de sua personagem da terra dos munchkins.
- A estrada de tijolos amarelos inicialmente seria verde. A mudança de cor aconteceu após uma das paralisações nas filmagens, quando ficou definido que a cor amarela seria a melhor a ser usada em um filme feito com Technicolor.
- A Bruxa Má do Oeste de O Mágico de Oz tem dois olhos, enquanto que no livro tem apenas um.
- A torre de uma base militar em West Point serviu de cenário para a torre da Bruxa Má do Oeste.
- Os cavalos do palácio da Cidade de Esmeraldas foram pintados com cristais Jell-O. As cenas em que eles aparecem tiveram que ser rodadas rapidamente, para evitar que os cavalos lambessem sua pele e removessem a tintura.
- Inicialmente O Mágico de Oz teria as presenças de Betty Haynes como a Princesa Betty de Oz e Kenny Baker, como seu amante. A dupla chegou a gravar com Judy Garland uma das canções do filme mas, após várias revisões do roteiro, acabaram ficando de fora do filme.
- Uma outra versão de "Over the Rainbow" chegou a ser gravada por Judy Garland, quando sua personagem estava encarcerada no castelo da Bruxa Má do Oeste. Durante sua realização a atriz começou a chorar espontaneamente, devido à tristeza da cena. Esta sequência terminou ficando de fora da edição final de O Mágico de Oz.
- O orçamento de O Mágico de Oz foi de US$ 2,7 milhões, sendo que o filme arrecadou US$ 3 milhões em seu primeiro lançamento nos cinemas.
- A Warner Bros. foi a responsável pelo relançamento do filme nos cinemas norte-americanos, em 1998. 


Premiações:
Melhor Trilha Sonora
Indicados
- Carícia Fatal
- O Morro dos Ventos Uivantes
- ... E o Vento Levou
- O Corcunda de Notre Dame
- Vitória Amarga
Melhor Canção Original (pela canção Over the Rainbow)

Indicados
- Duas Vidas
   (pela canção Wishing)
 

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MY FAIR LADY

Minha Bela Dama (My Fair Lady - 1964) 009




My Fair Lady conta a história de Eliza Doolittle, uma mendiga que vende flores pelas ruas escuras de Londres em busca de uns trocados. Em uma dessas rotineiras noites, Eliza conhece um culto professor de fonética Henry Higgins e sua incrível capacidade de descobrir muito sobre as pessoas apenas através de seus sotaques. Quando ouve o horrível sotaque de Eliza, aposta com o amigo Hugh Pickering, que é capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade, num espaço de seis meses.

Informações Técnicas: 
Direção: George Cukor;
Roteiro: Alan Jay Lerner; 
Elenco: Audrey Hepburn, Rex Harrison, StanleyHolloway, Wilfrid Hyde-White, Gladys Cooper, Jeremy Brett, Theodore Bikel;
Gênero: Musical/Comédia;
Duração: 172 minutos; colorido;
País de Origem: Estados Unidos; 



Principais prêmios e indicações:
Oscar 1965 (EUA)
Foi ainda indicado ao Oscar nas categorias melhor ator coadjuvante (Stanley Holloway), melhor atriz coadjuvante (Gladys Cooper), melhor roteiro adaptado e melhor edição.

Globo de Ouro
1965 (EUA)
Vencedor nas categorias de melhor filme - comédia/musical, melhor ator - comédia/musical (Rex Harrison) e melhor diretor.
Foi ainda indicado nas categorias de melhor atriz - comédia/musical (Audrey Hepburn) e melhor ator coadjuvante (Stanley Holloway).

BAFTA 1966 (Reino Unido)
Vencedor na categoria de melhor filme.
Indicado também na categoria de melhor ator britânico (Rex Harrison).
Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro.

NYFCC Award 1964 (EUA)
Venceu nas categorias de melhor filme e melhor ator (Rex Harrison).

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O JARDIM DE ALLAH

Jardin de Allah, O (Garden of Allah, The, 1936) 008


Charles Boyer e Marlene Dietrich.

Domini (Marlene Dietrich) é uma dedicada filha que passou sua vida adulta enclausurada cuidando de seu doente pai. Após a morte do mesmo, Domini encontra-se perdida espiritualmente e, durante seu luto, procura razões para sua nova vida. Sua busca a leva ao deserto do Saara, localizado ao norte da Africa, onde anseia por uma renovação espiritual. Chegando em seu destino, conhece Bóris (Charles Boyer), que escapara recentemente de um monastério por razões até então desconhecidas. A amizade entre os dois transforma-se subitamente em amor, mas o que ela não sabe é que ele esconde seu passado dela. Entre suas caminhadas pelo deserto, encontram um oásis e nele um homem misterioso que conhece o grande segredo de Bóris. Indicado ao Oscar® de melhor música, esta obra prima ainda recebeu também uma premiação especial (Honorary Award) por sua majestosa cinematografia colorida, tornando-se o primeiro filme colorido a ganhar um prêmio da academia.


Informações Técnicas:
Richard Boleslawsky - Direção
Marlene Dietrich  , Charles Boyer, Basil Rathbone, C. Aubrey Smith, Tilly Losch, Joseph Schildkraut - Elenco
David O. Selznick - Produção
W.P. Lipscomb, Lynn Riggs - Roteiro
Howard Greene, W. Howard Greene, Harold Hal Rosson - Fotografia
Max Steiner - Trilha Sonora
Hal Kern, Anson Stevenson - Edição
Lansing C. Holden - Desenho de Produção
Edward Boyle, Sturges Carne, Lyle Wheeler - Direção de Arte
Ernest Dryden - Figurino
Jack Cosgrove, A. Earl Wolcott - Efeitos Especiais 
Gênero: Drama/Romance/Clássico

Origem: Estados Unidos
Duração: 79 minutos



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MULHER OBJETO

Mulher Objeto (Mulher Objeto, Brasil, 1981) 2202

1981, Brasil, 125', cor; Direção: Sílvio de Abreu; Elenco: Helena Ramos, Nuno Leal Maia, Kate Lyra, Maria Lúcia Dahl, Hélio Souto, Yara Amaral; Sinopse: Regina não passa de uma submissa e reprimida ex-secretária que só alcança o prazer através de fetiches que não abandonam sua imaginação. Ela sofre com essa situação incomum, que ameaça o confortável casamento com o rico empresário Hélio e, atormentada pela intensidade dos devaneios picantes, não consegue se relacionar sexualmente com o marido.

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